Aborrecido, Arthur inspirou fundo.
— Se você esta a par dessa casa, também deve saber que me oponho terminantemente a vê-la exposta ao publico, ainda que seja na reportagem de uma revista. Portanto, este seu ardil para aproximar-se de mim fazendo-se passar pelo que não e não deu certo. Perdeu seu tempo.
— Um momento! A carta que lhe escrevi, no papel timbrado de minha editora, dizia apenas que eu desejava entrevistá-lo sobre um assunto de interesse da revista. Foi você quem tirou conclusões erradas.
— Não lhe passou pela cabeça que isso iria acontecer?
— Claro, mas achei que assim que nos encontrássemos e eu explicasse qual era o meu interesse, você seria… compreensivo.
— E você acha que não sou compreensivo só porque desejo manter a minha privacidade?
— A minha historia não ira invadir a sua privacidade. Se quiser, nem menciono o seu nome.
Os olhos dele brilharam, ferozes.
— Como?! Você ira referir-se a casa sem o nome? E justamente o nome Aguiar que a
torna famosa. Ira chamá-la de “Casa de Bebe Marca X”?
— Obrigada por dedicar-me seu precioso tempo. Vou indo — disse ela, pegando a bolsa e partindo em seguida.
"Mulheres! Não se pode confiar nelas", Arthur pensou, ouvindo o som da porta se fechando atras de Lua.
Deu um chute no armário para descarregar a raiva e encolheu-se ao sentir a dor irradiar-se do pé ate a coxa.
— Droga! Eu devia ter desconfiado que ela estava querendo alguma coisa. Casa de bebe! Casa de bonecas! Ela achou que, só porque cuidou de você, neném, cozinhou, limpou a cozinha e colocou a roupa na lavadora, eu iria atender ao seu pedido. Bem, o plano dela não funcionou, não é mesmo, Marie? Nos a botamos daqui pra fora, hem?
Ouvindo seu nome, a menina olhou para o tio, mas ao ver sua expressão furiosa, começou a chorar e a bater um brinquedo de plastico na grade do cercado.
O desespero tomou conta de Arthur. E essa agora! Tudo culpa daquela infeliz mulher.
Marie estava brincando tão contente e tranquila. Ele tirou a sobrinha do cercado.
— Não chore, amorzinho. Não estou zangado com você. Estou furioso é com Lua.
Desta vez foi o nome Lua que chamou a atenção da garota. Ela voltou os olhos molhados de lagrimas para Arthur e passou a gritar e a bater com os punhos fechados no peito dele.
— O que? Lua? — Arthur olhou para a garotinha muito surpreso. — Esta querendo me dizer que você gosta de Lua?
Cada vez que ouvia o nome, Marie gritava:
— Ah, ah, ah.
— Oh, não. — Arthur sacudiu a cabeça. — Confie em mim, querida, estamos melhor sozinhos. Só porque ela é tão bonita…
Bem, se ela fosse honesta e mencionasse desde o inicio que a entrevista seria sobre a odiosa casa de bonecas, não teria mesmo parado naquela casa por mais de uns poucos minutos. Droga! Por que ele tinha tanta aversão por mostrar a linda casinha a quem quer que fosse? Quem sabe fosse mesmo um tolo obstinado. Mas um homem tinha o direito de sustentar as próprias tolices. O que ele não tinha o direito de fazer era tratar Lua tão mal.
— É, garotinha, você esta certa — ele reconsiderou. — Agora devo desculpar-me perante Lua por ter sido tão rude e ingrato. E o minimo que posso fazer antes que ela vá embora.
A menina pulou nos bracos dele e puxou-lhe os cabelos.
— Ah, ah, ah.
— OK. Entendi. Vou desculpar-me, embora isso seja humilhante.
Lua procurava na bolsa as chaves do carro quando ouviu o som de passos apressados. Ergueu a cabeça e viu Arthur Aguiar caminhando na sua direção, carregando Marie. A menina sorriu e seu rostinho iluminou-se ao ver a nova amiga.
Lua também se alegrou; era bom ter uma aliada na família Aguiar. Porem, não demonstrou o que sentia. Encarou Arthur e descarregou:
— O que e agora? Lembrou-se de mais algum insulto?
Amanhã teem mais meus amorees! s2s2s2
3 comentários:
EU AMO ESSA WEB
posta mais? to amando
pq vc nn posta mto essa web? acho ela tão perfeita
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